Portanto, se temos alimento e roupa, estejamos contentes. 1 Tm.6.8
Muito se fala a frase “dinheiro não traz felicidade”. No entanto, não podemos negar que ele proporciona bons momentos e experiências: viagens, boas comidas, conforto, entre outras coisas. Então, por qual motivo dizemos que dinheiro não traz felicidade?
Segundo o dicionário, felicidade é “uma sensação real de satisfação plena; estado de contentamento, de satisfação”. Por isso dizemos que o dinheiro não traz a felicidade, pois nele há embutido um grande perigo: a vontade de sempre querer mais. No livro A Psicologia Financeira”, Morgan Housel relata uma conversa entre duas pessoas, em que eles citam alguém muito rico. Uma das partes da conversa diz: ele pode ter tudo isso, mas não tem algo que eu tenho: o suficiente.
De fato, o contentamento é um antídoto para a ganância. A pressa em querermos ficar ricos, sonhos que fazemos pensando em ser milionários, ou mesmo recorrer a jogar na loteria (que, diga-se de passagem, é uma chance ínfima de vitória), irá corromper nosso coração.
Deus nos concede boas dádivas para que desfrutemos delas, no entanto, ele exige que nós a coloquemos no local correto. Imagine que você dê um presente a uma pessoa amada (namorada, cônjuge, filhos, etc.). Esse presente é para demonstrar o seu amor por essa pessoa e, obviamente, você quer que a pessoa desfrute do presente, pois você fez uma escolha criteriosa, dando algo que a pessoa realmente iria gostar.
Agora imagine que essa pessoa se apegue tanto a esse presente que esqueça de você, que deu o presente; ou pior, veja você apenas como um presenteador. Seria uma situação chata, não é mesmo? Pois bem. É assim que muitas vezes fazemos com as dádivas que Deus nos concede. Nós as corrompemos, amando mais a elas do que quem nos deu.
Por fim, quero dizer que esse texto é apenas um alerta, não uma condenação à riqueza. Naturalmente, queremos melhorar de vida, dar um conforto a mais para as pessoas que amamos, entre outras coisas que o dinheiro concede. Releia a definição do dicionário e veja que felicidade tem a ver com contentamento, não com abundância. Assim, lembremos sempre das escrituras sagradas:
Portanto, se temos alimento e roupa, estejamos contentes. Mas aqueles que desejam enriquecer caem em tentações e armadilhas e em muitos desejos tolos e nocivos, que os levam à ruína e destruição. Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal. E alguns, por tanto desejarem dinheiro, desviaram-se da fé e afligiram a si. 1 (Timóteo 6.8-10)

AUTOR/EDITOR/PROFESSOR – Luis Alberto Trabulsi Lisboa é formado em Administração pelo Centro Universitário UNDB e especialista em Marketing Digital pela Faculdade Descomplica. Possui CEA – Certificação ANBIMA de Especialistas em Investimento e CPA-20 – Certificação Profissional ANBIMA Série 20. Supervisor Administrativo na Escola do Legislativo do Maranhão. É professor, palestrante e consultor na área de Educação Financeira e Investimentos. Atua no ministério de Jovens da Igreja Batista Filadélfia – São Luís/MA.